Desta vez vou começar um artigo pelo parágrafo que deveria estar
no final:
Não se constrói uma vida, uma história, apenas com percepções e reflexões. Uma vida se constrói com ações, com atitudes. De nada adianta perceber o que está acontecendo em sua vida e não tomar atitudes concretas para mudar. Percepções e reflexões são efêmeras, sensoriais e, por si só, não operam mudanças. Embora sejam de fundamental importância em nossas vidas, desacompanhadas de ações e atitudes elas são apenas como um telefone celular desprovido de bateria, ou seja, não tem serventia alguma.
Não se constrói uma vida, uma história, apenas com percepções e reflexões. Uma vida se constrói com ações, com atitudes. De nada adianta perceber o que está acontecendo em sua vida e não tomar atitudes concretas para mudar. Percepções e reflexões são efêmeras, sensoriais e, por si só, não operam mudanças. Embora sejam de fundamental importância em nossas vidas, desacompanhadas de ações e atitudes elas são apenas como um telefone celular desprovido de bateria, ou seja, não tem serventia alguma.
Tem gente que é expert em perceber: percebe que seu trabalho não
está trazendo resultados satisfatórios para si, percebe que sua maneira de agir
com o(a) parceiro(a) está prejudicando a relação, percebe que está tratando o
filho adolescente de uma maneira que só
faz afastá-lo de si, percebe que sua forma de se alimentar está levando-a à
obesidade, percebe que o cigarro está acabando com sua saúde, percebe, percebe
e percebe... E não toma nenhuma atitude.
Algumas pessoas “percebem” e até conseguem evoluir para uma fase
mais avançada: a fase da “reflexão”. Mas também não conseguem passar disso. Não
conseguem porque entre a fase da percepção/reflexão e a fase da ação, existe
uma coisa chamada auto-sabotagem.
Isso, a auto-sabotagem. Significa você sabotar com sua própria vida, com seus
sonhos, com o seu bem-estar.
Por exemplo: a pessoa percebe que está passando muito tempo
“navegando” nas redes sociais durante o expediente e que isso está trazendo um
baixo rendimento em seus resultados no trabalho. Percebe, reflete sobre isso,
descobre onde pode mudar, mas aí vem a auto-sabotagem: “é, mas se eu deixar de
fazer isso, meu chefe não vai me dar aumento nenhum...”. E aí, continua
“navegando” nas redes sociais...
Outro exemplo: a pessoa percebe que está engordando, além do
peso ideal para sua estatura, que as roupas não estão mais cabendo nela,
reflete e chega à conclusão que precisa fazer um regime sério e urgente. Mas
aí, vem a auto-sabotagem: “é, mas eu nunca mais vou conseguir chegar a ter
aquele meu corpinho de 15 anos atrás... “ ou “é, mas nenhum(a) amigo(a) da
minha idade é magrinho(a)...”. E aí, mesmo incomodada
com seu peso, continua a comer e beber de maneira totalmente desregrada...
Costumo contar, nos Seminários Comportamentais que ministro pelo
Brasil afora, uma história interessante sobre o estado de incômodo:
Conto que, certa vez, um motorista parou seu carro num posto de combustível e enquanto o frentista abastecia, ele percebeu que próximo a eles havia um cachorro deitado em cima de uma tábua, ganindo de dor. O motorista, ao ver aquilo, perguntou ao frentista porque o cachorro estava ganindo daquele jeito. O frentista disse que era porque na tábua em que o cachorro estava deitado existia um prego que estava furando sua barriga. O motorista então perguntou ao frentista porque o cachorro não saía de lá, ao que o frentista respondeu: “deve ser porque ainda não está incomodando o suficiente”.
Pois é: o primeiro passo para
uma mudança, seja ela qual for, é o estado de incômodo em que você se encontra
em relação àquela situação. Até que ponto aquela situação está incomodando
você? Por certo, se não estiver incomodando o suficiente, dificilmente você vai
TER UMA ATITUDE para mudar.
Mudar também incomoda, porque,
de certa maneira, tira o ser humano da zona de conforto. E enquanto você não
chegar à conclusão de que o incômodo trazido pela situação que está vivendo é
maior do que o incômodo que a mudança necessária vai trazer, você vai continuar
“ganindo, deitado em cima da tábua”.
Conheço pessoas que estão, há
anos, reclamando de seu trabalho na empresa/repartição: reclamam todos os dias
do salário, dos colegas, dos clientes, do mercado, do chefe, do sócio, mas
continuam lá. “Percebem” o tempo todo que isto está muito ruim para elas, que
talvez devessem procurar outro emprego, que talvez devessem se dedicar a
estudar para um concurso público, mas... não TOMAM UMA ATITUDE. Continuam lá,
“ganindo, deitadas em cima da tábua”.
Sabe qual é o problema maior?
É quando o “incômodo suficiente” não estiver mais sob o seu controle. É quando
os furos que o prego está fazendo na barriga do cachorro não permitirem mais a
cicatrização. E quando fatores externos passarem a ser o motivo de sua
(forçada) mudança, então você corre o grande risco de não estar PREPARADO para
essa mudança.
Aí, vem a pergunta: o que
fazer para mudar esse cenário?
A resposta é simples: “TER ATITUDES”.
Aja!!! Tenha coragem!!! Seja proativo!!! Não
deixe o controle de sua vida, de seus resultados, nas mãos do destino, da sorte
ou do azar, nas mãos de terceiros. Fuja das falsas “Zonas de Conforto” que, às
vezes, você mesmo se coloca. Decida exatamente aonde você quer chegar e faça a
sua parte. Assuma o controle de sua vida, de suas ações.
Só assim você vai construir uma vida, uma história, que você vai poder chamar de SUA. Alicerçada por AÇÕES e ATITUDES e não apenas por “percepções” e “reflexões” isoladas.
Muito bom Antônio Carlos.... uma provocação ao sair da acomodação... Noaldo
ResponderExcluirGostei muito do texto. Tava precisando ler algo assim. :)
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